A história surpreende, pois a princípio pensei que fosse apenas mais um filme de auto-ajuda com conteúdo superficial, o qual quis assistir simplesmente porque Mel Gibson é o ator principal, e eu, particularmente, adoro seus filmes.
No entanto, este filme me fez chorar. Mas não por ser um filme triste ou melancólico, mas porque te faz ver sua vida. A personagem retrata o que se pensa em momentos de muita dor, desespero, desesperança, quando não se acham mais fatos e circunstâncias que te levem a continuar e as pessoas ao teu redor se tornam previsíveis e insuficientes para te suprir. Sempre tendemos a nos isolar.
"Walter Black está sofrendo de extrema depressão e parece ter chegado ao fundo do poço quando sua esposa Meredith o expulsa de casa, o que o leva a beber e pensar em cometer suicídio. Mas, um dia, em suas andanças, Walter conhece o Castor - um fantoche de mão do animal - encontrado no lixo, que conversava com ele com sotaque britânico. Walter então descobre um novo sentido para a vida através das dicas do Castor, se reaproxima de sua família e volta ao seu trabalho. Porém, as coisas começam a dar errado novamente quando o Castor começa a tomar por completo o controle da vida de Walter."
Judie Foster, nesta história brilhante, nos faz olhar para dentro de nós e ver que sozinhos não podemos ficar. Ao envés de nos isolarmos em busca de paz, devemos buscar aquelas pessoas dispostas a nos ajudar. Amigos, parentes, pais, filhos.. pessoas que sabem quem somos e nos amam independentemente do que estamos passando. Seja no momento de stress, dificuldade, ou sucesso e alegria.
Tudo vai dar certo? Nem tudo vai dar certo. Mas a lição é, você não precisa ficar sozinho. Estar só não resolve. Fingir auto-suficiência também não.
Jesus disse "Amemo-nos uns aos outros. Amai ao próximo como a si mesmo". É impossível amar ao próximo se não nos amarmos primeiro. E impossível amar a si mesmo e não precisar do amor de alguém.
Somos feitos para viver ao lado de outra pessoa. "É sempre melhor serem dois do que um, e um cordão de três dobras não se quebra tão facilmente" (Eclesiastes 4).
Então, não jogue o jogo do orgulho, da presunção e da auto-satisfação. Reconheça quem você é diante de Deus e que precisa dele e das pessoas que ele tem colocado ao teu lado. A vida não é um jogo. Invista em quem você ama. Invista no que realmente tem valor. Invista em seus relacionamentos e cultive um coração cheio de amor. Perdoe-se. Perdoe.
E, se nem tudo der certo, lembre-se que sua família, seus amigos, as pessoas ao seu redor, que te amam, podem ser o melhor que já te aconteceu e você ainda não percebeu.
Termino deixando uma adaptação do texto lido ao final do filme. Adorei!
"Estou aqui hoje para dizer que estamos todos sendo enganados.
Nossos pais, professores, médicos, têm mentido para nós.
E é exatamente a mesma mentira, as mesmas quatro palavras: "vai dar tudo certo".
Mas, e se não der? E se alguma experiência humana for algo que você herdou?
Cabelos cacheados, olhos azuis... E se a dor estiver no teu DNA? E a tragédia for a sua sina?
Ou se as vezes, de repente, quando você menos espera...a merda acontece..
Merdas simplesmente acontecem...
Então, como lidar com isso? O que cada um de nós faz além de mentir?
Mas há algo em que eu acredito:
Há alguém ao seu lado que está disposto a ajudar você, dar apoio, beijar, perdoar, aceitar você como é, esperar por você, aguentar sua barra, amar você.
Então, mesmo que não esteja tudo bem, uma coisa eu sei que é real: você não precisa ficar só."
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